10 janeiro, 2012

VOCÊ SABE O QUE É PROCRASTINAÇÃO?






Quem nunca deixou alguma coisa para resolver na última hora? Muita gente pode não conhecer esse problema pelo nome, mas o hábito de procrastinar — ou seja, adiar tarefas ou atividades necessárias e importantes para outro dia ou para um tempo futuro qualquer — é bastante comum.

Em geral, as pessoas que adiam seus deveres podem até sentir certo prazer ao fazer outra atividade nesse intervalo, mas não deixam a preocupação de lado. E o que é pior, quando a situação chega ao limite, aparece um componente de sofrimento, uma sensação de que não será possível cumpri-la ou uma culpa por não tê-la executado antes e aproveitado o tempo depois sem nenhum peso na consciência.

Segundo a psicóloga de São Paulo Lilian Boarati, que mantém um site sobre análise comportamental, toda conduta é aprendida, sendo fortemente influenciada por três fatores simultaneamente: a genética do organismo, a educação que o indivíduo recebe — somado às experiências de vida — e a cultura em que ele está inserido. Só para você ter uma ideia melhor, é a genética a responsável por alterações nos neurotransmissores, hormônios, comportamentos reflexos e motores. Por isso, ela cria uma predisposição, que se manifesta quando o meio e a educação colaboram para isso.

“O Brasil não é um país que investe na formação de seus indivíduos, se comparado a outros mais desenvolvidos. A consequência negativa da nossa cultura é a desorganização, a impulsividade, o imediatismo e a procrastinação”, afirma a profissional. Mas, segundo ela, o meio precisa estar aliado aos outros dois contextos antes citados: a genética e a educação.

Escolha pessoal

A psicóloga ressalta que — apesar de se tornar um hábito na vida de algumas pessoas devido às frequentes repetições — procrastinar é uma escolha. Você pode optar ou não por resolver algo com planejamento ou "empurrar com a barriga" e deixar para a última hora.

Ela explica que o sofrimento emocional atrelado ao ato — como angústia, culpa e frustração — está condicionado ao ato de protelar as obrigações. “A pessoa sabe que está evitando realizar alguma atividade importante, que pode trazer-lhe aborrecimentos futuros ou consequências negativas, mas isso não é suficiente para motivá-la ou convencê-la a modificar esta conduta.” E, segundo ela, este sofrimento emocional desaparecerá somente quando o indivíduo realizar a atividade que está evitando ou adiando.

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