Os números largamente divulgados pela comunidade médica assustam: três a cada quatro mulheres terão candidíase no decorrer da vida. Mas que doença é essa que se torna tão comentada?
A ginecologista Tania Valladares Andriolli esclarece as suas dúvidas sobre esse probleminha que causa coceiras e ardores nas partes íntimas.
Afinal, o que é candidíase?
Trata-se de uma infecção causada por fungos que acomete a pele e mucosas, como os genitais e a boca.
"O Candida albicans ‘mora’ na pele naturalmente, inclusive dentro da vagina. Mas em condições favoráveis, os fungos começam a crescer exageradamente, e é esse desequilíbrio que desencadeia a doença", explica Tania Andriolli para esclarecer as suas dúvidas sobre esse probleminha que causa coceiras e ardores nas partes íntimas. Confira a seguir.
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O que causa o desenvolvimento da doença?
Os fungos proliferam-se com mais facilidade em ambientes abafados; por esse motivo, a candidíase vaginal é mais comum nos meses de verão.
"Uma imunidade baixa e o uso de antibióticos também podem favorecer o desenvolvimento, pois destroem a flora vaginal natural e acabam criando condições para o crescimento desse agente infeccioso", diz a ginecologista.
Como descobrir se sofro desse mal?
A doença provoca coceira na vagina, desconforto ao urinar e dor durante as relações sexuais. "Outro sintoma é um corrimento com aspecto de leite talhado que costuma ser branco, mas pode ser esverdeado", ensina a médica.
Se tiver qualquer suspeita de que está contaminada, não se apavore e procure o seu ginecologista, pois um simples exame clínico é o suficiente para o diagnóstico.
A candidíase é contagiosa?
"Apesar de não ser considerada uma Doença Sexualmente Transmissível, ela pode ser passada de um parceiro para o outro em uma relação sexual", diz a ginecologista.
Homens também têm candidíase?
Sim. A patologia nos homens causa coceira, irritação e deixa placas avermelhadas ou esbranquiçadas. Inclusive, esse não é um mal exclusivo de partes íntimas: o popular pé de atleta nas unhas e o sapinho na boca também são tipos de candidíase. "Ambos são causados pelo mesmo fungo, mas em cada local a doença ficou conhecida por um nome diferente", revela a médica.
O distúrbio tem cura?
Sim, e o tratamento é bem simples. Pode ser via oral ou por meio de pomadas tópicas. Entretanto, é preciso cuidar sempre para evitar as condições favoráveis para o crescimento dos fungos novamente. "Caso contrário, a doença volta a se manifestar com frequência, o que é chamado candidíase de repetição", alerta Tania.
Xô, infecção chata!
Você viu que, apesar de ser comum, a candidíase pode ser evitada, certo?
A seguir, mostramos medidas bem simples para impedir que o seu corpo se torne uma área propícia para o desenvolvimento dos fungos.
-Evite ficar o dia todo de biquíni molhado. A candidíase gosta de ambientes úmidos, lembra?
-Quem tem candidíase com muita frequência deve trocar a calcinha várias vezes ao dia e dormir sem roupas íntimas.
-Respire: o stress pode deixar a sua imunidade baixa, assim como a má alimentação e o cigarro.
-Prefira usar calcinhas de algodão, pois elas são mais arejadas.
-Calça justa não deixa o suor evaporar.
-Evite produtos que possam causar alergia, como hidratantes ou absorventes perfumados. E por falar neles, protetores íntimos diários não são uma boa escolha, uma vez que abafam a vagina.
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