12 julho, 2011

A vida longe dos flashes



Caseiro, abriu mão dos exercícios, do vôlei e do golfe para ficar com a família. E esse físico invejável? “Sou a pessoa mais junkie food do mundo.” Sortudo. Casado com a maquiadora Betty Baumgarten, que conheceu no fim das gravações de Bang Bang, conta que a mulher não é ciumenta: “O ciúme está presente em qualquer relação. Mas sou um cara muito tranquilo e nunca dei motivo”. A seu jeito, é romântico. “Já fui romantiloide: aquele que faz todos os clichês, acreditando que é a demonstração ideal de amor. Mas romantismo é ir em busca da necessidade do outro.” Ter um filho era um sonho. “No momento, sou um pai ausente. Dói. Mas quando o Rafael me dá um abraço é como se dissesse: ‘Pai, está tudo bem’.” A dureza do passado fez com que o ator ficasse cauteloso com o dinheiro. “Não é porque você tem que pode desperdiçar. Comprei minha casa, que estou reformando, e procuro fazer, quando dá tempo, uma viagem bacana. Também tenho um bom carro. O resto invisto em escola de qualidade, natação do meu filho e diversão em família. Não alimento grandes ambições financeiras.” Algum defeito? “Esqueço de tudo. O Marco Ricca, meu compadre, vive dizendo que precisa se despedir de mim três vezes, porque sempre volto por ter esquecido alguma coisa.” Assim como a família, a espiritualidade tem peso na vida do ator. “Experimentei religiões e já estudei a Bíblia. Hoje, tenho uma religiosidade diferente. Ao acordar, procuro um cantinho de céu para olhar e agradecer por aquele dia. Converso muito com Deus, sozinho no trânsito, no banco e entre uma cena e outra. Quando vejo, já estou falando em voz alta. Quem olha acha que sou maluco. Devo ser um pouco mesmo.” Também adora ir a igrejas vazias. “Nada me agrada mais do que o silêncio”, diz. Ficar quietinho antes de começar um trabalho é uma de suas poucas superstições. “Gato preto? Pego no colo.”

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