25 outubro, 2011

Como agir guando uma relação longa não te faz mais feliz?


  • Avalie se o seu relacionamento precisa ser revisto ou se é hora de colocar um fim


Já são muitos anos de união e você percebe que as discussões passaram a ser mais constantes, que vocês não saem mais e nem se divertem juntos. É quando você se dá conta de que essa relação, que parecia estável e segura, não lhe faz mais feliz. O que fazer? Primeiramente, ter calma. Decisões definitivas requerem um tempo de amadurecimento e paciência.

Dizer que é preciso conversar é um lugar-comum e que não resolve se o casal não souber fazer isso. "É por essa razão que os casais precisam desenvolver o diálogo. Para haver comunicação eficaz, é necessário que cada um compreenda o que busca no relacionamento e como são as emoções que se associam a essas necessidades", diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade.

Expressar sentimentos é o primeiro passo para chegar a um acordo. "É preciso entender o que cada um sente. Está no rosto, no corpo, nas palavras. A compreensão não é um sinal de ataque –e as partes não podem se sentir atacadas", diz o psicólogo. Conversar honestamente faz com que os pontos ruins e bons venham à tona e sejam esclarecidos. "Tem de deixar claro o que está acontecendo, mostrar como as coisas chegaram a este ponto, pois nenhuma relação longa chega a um nível de insatisfação de repente", afirma a psicóloga e psicanalista Blenda de Oliveira, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Esperar que o parceiro seja sempre o mesmo também pode ser um erro. As pessoas mudam com o tempo. "Passam a ter necessidades distintas que nem sempre o parceiro, por estar acomodado em uma situação conjugal, percebe as mudanças ou as diferentes demandas do outro", explica a psicanalista. Se você não está feliz na relação, talvez tome uma das atitudes a seguir: lutar para permanecer junto, afinal há amor, ou partir para outra história. Seja qual for a sua decisão, esteja consciente de que ela mudará sua vida. 
eVisionse, apesar do desgaste, vocês ainda se amam lute para que a 
relação volte a dar certo –mas tenha certeza de que ambos querem o mesmo. "Casais precisam desenvolver uma comunicação afetiva especial, que considere o controle das emoções enquanto debatem, pensando no futuro. Assim, o mal-estar da discussão não interfere no replanejamento que necessitam", diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr.
Amor, companheirismo e respeito serão os alicerces para a retomada do relacionamento. Após um período de crise, a relação pode se tornar mais forte e satisfatória. O compromisso é reavaliado e o casal reconstrói um novo enlace afetivo, com bases até melhores.
"O princípio é o velho ‘quem ama, cuida’, de si mesmo e daquele que foi escolhido para estar ao seu lado. Retomar a relação é um ato de muita coragem para os parceiros, por isso, é necessário que haja uma grande amizade, acompanhada da maturidade e generosidade de ambos", explica a psicóloga Blenda de Oliveira.

Medo, condições financeiras, dívidas de gratidão ou filhos não podem motivar a decisão de um casal ficar junto. “Um casamento realmente satisfatório não foge das tempestades, enfrenta e resolve da maneira que for melhor para a vida de cada um. O importante é lembrar que sempre temos escolha”, diz Blenda.
Para ficar junto, ambos devem ter disposição para quebrar antigos paradigmas, que não servem mais. Deixem claro o que cada um quer e pode, sem viver na ilusão de que “agora ficará tudo bem”. Outras crises surgirão com o tempo, mas vocês já estarão mais maduros para lidar com cada uma.


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